Pratos sobre Tambores

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Buenos Aires, indo em direção norte – Visão clara de como nos sentimos quando estamos na parte da sombra da nuvem. Formiga feelings. 

 

Pratos sobre tambores.

 De almondegas de soja, são feitos os filmes de wood allen.

Eu adoro almôndegas de soja, come-los de calcinha e sem nenhuma maior pretensão.

 O sabor de domingo, quando verdadeiramente domingo, é o poder comer esse tal bolinho frito, cru e com farinha por dentro. E relaxar.

 La siesta é acompanhada por Cortázar y suas aventuras pelas ruas de Paris… falando de Maga.

No Rio, em Janeiro, in zona norte, estar em casa e não estar suando, por que quantas cargas d’agua que não sei se é de benção ou de caos, só sei, que hoje, nesse domingo, senti uma brisa. E pensei em benção.

 Há quanto que deixei de escrever… e por hoje, por não me ter caído uma gota de suor…volto.

 Afinal, a estranheza que me move.

 O remelexo que agita.

 Minha vida analógica, pero que touch.

 

 

mangue town

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Por muito, muita coisa tem atravessado. A principio achei cruel. ( vontade de rir), é bom escrever para racionalizar a nebulose cromática que tenho sofrido na cabeça. 

Um desequilibrio profundo. que se torna muito claro vir de um inicio de ciclo, recomeço em outros níveis. Os meses desse ano, passaram atropelando e dizendo muito. Tem os que optaram por encarar as mudanças, acreditando que assim é que de fato, ao longo dos tempos gastaremos muito menos energia com esses aprendizados turbulentos, violetos que demandam clareza mental. E tem os que preferem pular fora, botar o óculos escuro, e internalizar que está tudo bem, que a vida terrestre é perfeita depois de um belo penteado.

Eu optei por arregaçar. pode vir quente que eu to de calção.prontinha pra me afogar nesse mangue.

uou, muito beliscão de caranguejo.

E o que salva são as músicas caipiras da argentina. Adoro. Me levam. 

Os domingos de produção caseira, me seduzem a ideia de uma TV, dvd, qq coisa que me tirasse de mim. Eu realmente queria assistir um filme hoje. é estranho saber q estamos na era da facilidade multimidia, e eu aqui, no chicote sem conseguir ver um filminho. ( meu pc é um netbook desconfigurado e a internet do sérgio vai mais devagar que a minhoca do jardim).

Ok, tomei um sacolé, fui até o bar da esquina comprar umas pra não dizer que não saí de casa. E volto ao ateliê. 

O sonho que tive essa semana ainda me faz olhar com receio para a lua. E desde então não voltei. 

 

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Sonhos apocalipticos, exercicio diário pela compreensão das relações. Relações. Me pergunto o que meu gato pensa de mim, e me preocupa quando penso que ele tb não pensa. Mas me alivia quando ele me olha, mia, sobe no meu colo, faz carinho em mim e dorme. Eu me enamoro e o quero só pra mim. Mas não consigo ser só dele. passo muitos dias fora de casa. Não posso me controlar.  Desse jeito passam os dias. com um grande fluxo de reflexões relevantes. Fora o resto.

é tudo e nada. Todos e ninguém. e nada.

Aqui sábado a noite, cantarolando em espanhol, subindo e descendo escadas para pegar cerveja gelada. uma pontinha e nada.

Aqui, sem saber se como sal ou doce, se é larica ou carência, se é palhaçada ou se é serio…e nada.

ó Jah! Serei eu bipolar?

que cosa tan seria.

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Os gritos da torcida hoje pela primeira vez me soaram como almas no purgatório…. Euforias tão potentes, tão angustias, tão religião. Há pouco tempo atrás eu usaria o termo depressão para definir o nosso status quanto sociedade ocidental e país tropical na dança do ula ula. E é hipócrita falar da religião dos outros enquanto na mesma sede que possuem eu aqui na angustia por um tabaco e pelo eminente término da cerva gelada.

E acredito mesmo no presente como única fonte de ação. O que foi de uma genialidade incrivel dentro do meu cotidiano. Agora só falta ajustar os sintetizadores e voa lá, talvez um pouco mais de tranquilidade no dia a dia.

Y que sea lo que sea…

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Passagem Catumbi- Eu e Ander. Ander sugeriu o tema.

Burocracia.

Burra cracia

Bú!

Rá!

Quebra a Cara!

ontem, foram espancados, simplesmente por suas existencias. Fortes, flores cheirosas e vivas, Homens, Deusas, sultões de grandes desertos.

Simplesmente por suas existencias, lindas e de bigode.

Eu ontem fui furtada de um sonho, não me furtaram um sonho, pois eles não são tão fortes assim, porém mais uma barreira em meu Rio que corre.

Os dias passam, não há onde se segurar. Índios são exterminados, mendigos são queimados, homens torturados, mulheres em opressão histórica, todos agredidos diariamente. Cabeças pensantes, corpos úteis, matéria-prima em abundância, riqueza espiritual, liberdade da existência.

Hoje, essas dores em mim transformam-se em calos. Me comem a boca, arrancam minha buceta.

Quem são eles?

Quem são os que agridem?

Por que temos que pagar por seus vazios, por suas vidas que foram tão infortunadas. Por terem sido abdusidos desde que nasceram pelo sistema. Sistema gosmento,

podre, verde musgo, fungo branco de pó.

Não é possível que nossa história ocidental em essência, foram burgueses interesseiros que saíram de suas terras, e resolveram que as terras mais ricas e novas em seus mapas quadrados, e que todos os seres que fossem de outra cor e etnia eram menores e valiam menos e mereciam arrastar correntes, e que aquele próximo merecia por 3 moedas de ouro pertencer a um outro semelhante e morrer para trabalhar. Valer o mesmo que a galinha da janta.

Onde inventaram que a verdade deve ser punida? E não a verdade moralista e religiosa dos ignorantes e sim, a manifestação livre da verdade de cada um.

O que fazer???

Bandeira branca, música latina ao fundo, eu com olhos de borbulha como hipopótomos na lama…olho longe, mas tão longe que quando meus pés encostam a terra, sinto choque, dor….leve desespero.

Não quero fugir, quero realmente ficar, com prazo de validade mas agora, quero muito ficar. Não me espancaram o suficiente. Talvez nunca será o suficiente.

Atena e Artemis.

Guerreiras opostas. Eu guerreira do saco roto. Dos olhos redondos e negros. A pele manchada.

Me sinto tão inteira e tão vazia.

Saí de casa.

3 meses antes havia tido o seguinte papo, voltando com minha mãe…

Mãe, penso numa casa bem gostosa…com flores e plantas, daí eu te chamaria para que tomássemos um café juntas…botar o papo em dia…

Minha mãe encheu os olhos…

Falei ao telefone: “ Mãe, consegui um lugar pra trabalhar e pensar mais sobre minha produção…fico lá e cá, avisei que um dia isso aconteceria.”

Meus pais: “ Cassia, onde você está?”

Eu: “ Não sei gente, preciso realmente descobrir”

Minha mãe: “ Você vem aqui de vez em quando? Durmir aqui? A casa é sua! Não se esqueça!”

—————————————-Desde que voltei da Argentina, e passei lá meses…um buraco gigante ficou, e não foi de falta, foram milhões de sementes que me foram plantadas e que estavam pra nascer… aqui no hell de janeiro, me u corpo era um vasinho e meu espírito uma plantação de abóbora e girassol….frutos grandes, lindos e espaçosos….

de fato o espaço precisava ser materializado.

Na primeira semana fiquei doente. Eu não tenho renda fixa, nem meus pais tem renda pra me bancar em outra casa – aluguel, despesas…enfim, mil coisas.

Uma certeza do espaço energético da vida, me fez acreditar que tudo daria certo. E é a ´unica certeza que me mantém.

Não poderia admitir o medo. Esse sentimento não existe, é como se fosse querer criar uma doença. Querer gerar um vírus. E a batalha seria contra muitos outros gladiadores de arena.

Eu, na arena, acreditando que os leões são vegetarianos.

Eu acreditando. ( Parte 1)

o solo – virou fotografia, as pessoas – um cenário, os desafios- jogos lúdicos…

La mirada ponia fuego en- los corazones y los ojos que cruzan mi camino, el mundo empeza a nos regalar hechos y huellas, las personas sensibles se atraen y se multiplican en- millones.

El mundo, este puto mundo que juntos vamos a cambiar.

Me encanta la vida, y las muertes. Se muere a cada instante, se vive vidas en- un segundo.

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